O delegado Wallace Brito, do 6º Distrito da Polícia Civil, que está responsável com a condução do inquérito, disse à Banda B que o suspeito alegou ter confundido a vítima, mesmo que não tenha olhado as características físicas dela antes de agredi-la.
Diverge um pouco da versão da vítima, que afirmou e ter perguntado "o que estava acontecendo" e logo passou a ser agredida. Uma agressão gratuita. Isto tudo será autuado.
delegado Wallace Brito.
Questionado sobre a possível conotação racista do caso, Brito fez uma provocação: “se fosse um homem branco, de terno e gravata, haveria agressão?”. Por outro lado, o delegado também pontuou que o racismo é um “elemento subjetivo” e “não é tão fácil de ser comprovado”.
Ao nosso entender, se talvez fosse um homem branco, de terno e gravata, talvez não teria esta agressão. Então a gente não pode descartar esta conotação racista também. Nada justifica a agressão, nenhum pouco. É um senhor idoso, não parecia algum furtador de veículo ali da região. Ele estava aguardando a esposa. De qualquer forma, ele irá responder. Foi gratuito e injustificável.
delegado Wallace Brito.
A Polícia Civil já trabalha com o crime de lesão corporal contra este idoso negro, em Curitiba. As investigações caminham agora para entender qual foi a real motivação das agressões e se, de fato, houve conotação racista.
Outras testemunhas serão ouvidas nos próximos dias. Brito ainda relembrou que a possibilidade da mulher, que teria acusado o idoso negro das agressões, pode não ser verídica.
Mas, mesmo assim, não dá para descartar o porquê disto, o porquê que ele teve esta impressão. Tem que ver, de fato, se existe esta mulher ou se não é uma versão montada. É um homem de 40 anos, um trabalhador de fato. Diz que se arrependeu, mas isto não se faz. Você não pode achar que "alguém está fazendo alguma coisa" e já ir praticando violência gratuita. Principalmente contra um idoso.
delegado Wallace Brito.
A vítima foi agredida pelo suspeito com uma barra de ferro e teve dentes quebrados.
A filha do idoso relatou à Banda B que ele foi atacado enquanto aguardava a esposa e o cunhado passarem por uma consulta médica em um hospital da região. O homem teria permanecido no carro esperando os familiares.
Enquanto aguardava, a vítima teria sido abordada pelo funcionário terceirizado de uma construtora que atua na construção de um condomínio residencial de luxo na avenida.
Para a jovem, o pai foi espancado por ser negro. O idoso teria tentado explicar ao agressor que não se tratava de um ladrão e que o carro estacionado era seu. No entanto, após ser agredido, o homem foi deixado ferido na via.