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Em meio a discussão de foro no STF, cresce na Câmara articulação para cassar Brazão, apontado como mandante do caso Marielle

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Por Redação em 08/04/2024 às 08:35:38
Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pretende colocar em votação a análise da manutenção ou não da prisão de Chiquinho Brazão entre quarta (10) e quinta-feira (11) no plenário deputado Chiquinho Brazão

Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pretende colocar em votação a análise da manutenção ou não da prisão de Chiquinho Brazão entre quarta (10) e quinta-feira (11) no plenário. A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara começou a analisar o tema, mas um pedido de vista interrompeu a votação.

Nas contas de Lira, o tema deve ser retomado nesta semana.

Como o blog revelou, parlamentares – de esquerda à direita – têm avaliado dar um recado ao STF e revogar a prisão decidida pelo ministro Moraes e referendada pela primeira turma do Supremo.

Mas, para evitar uma crise institucional, parlamentares estudam cassar Brazão na sequência para aliviar a tensão entre Poderes.

Nas palavras de um cacique do centrão, cresceu muito a ideia de que Brazão pode ser cassado – o que poderia levar de um a dois meses por conta do trâmite no Conselho de Ética.

Se isso acontecer, Brazão, mesmo se for solto pelos deputados, perderia o foro privilegiado.

O STF está às voltas com julgamento para redefinir o alcance do foro privilegiado. Para ministros ouvidos pelo blog, a decisão da Câmara pode até ser uma manobra para ajudar Brazão, mas a corte vai definir os limites da prerrogativa de foro nos próximos dias, incluindo esse cenário: de cassação de um parlamentar como Brazão.

Para ministros ouvidos pelo blog, a corte deve ''rever tudo'' e até lá- se a cassação ocorrer entre uma dois meses- a PGR já deverá ter apresentado denúncia.

Foro no STF

Relator dos casos, o ministro Gilmar Mendes propôs que, quando se tratar de crime praticado no exercício da função, o foro privilegiado deve ser mantido mesmo após a autoridade deixar o cargo. Isso valeria para casos de renúncia, não reeleição, cassação, entre outros. Toffoli, Zanin, Dino e Moraes seguiram o voto.

Barroso pediu vista.

Barroso devolveu um pedido de vista (mais tempo para analisar o caso). Com isso, o voto de Barroso deve ser inserido no plenário virtual do STF no dia 12 de abril.

Na prática, dizer que o foro de um político é no STF significa que ele deve ser julgado no tribunal diretamente, e não nas instâncias inferiores (veja mais abaixo as mudanças que o STF discute).
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