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Garçom atropelado junto com 4 colegas que voltavam do trabalho de bicicleta, no DF, quebrou as duas pernas e um braço

Antônio Carlos Rodrigues aguarda cirurgia no Hospital de Base; outras vítimas tiveram alta.

Por Redação em 09/04/2024 às 02:14:11
Foto: G1 - Globo

Foto: G1 - Globo

Antônio Carlos Rodrigues aguarda cirurgia no Hospital de Base; outras vítimas tiveram alta. Motorista que cumpria pena por tráfico de drogas em regime aberto, e já foi condenado por crime no trânsito, foi para Papuda. Antônio Carlos, vítima do atropelamento no SIA, está em estado grave. Vídeo: Reprodução.

Allan das Chagas Araújo, motorista que atropelou cinco trabalhadores que voltavam para casa de bicicleta, no SIA, na sexta-feira (5), foi transferido para a penitenciária da Papuda nesta segunda (8). Ele volta a cumprir pena por tráfico de drogas em regime fechado, e segue em prisão preventiva pelo acidente com os ciclistas (saiba mais abaixo).

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As cinco vítimas são da Bahia e vieram para o Distrito Federal para trabalhar. Eles são garçons em uma churrascaria, e moram no Cruzeiro Velho.

Uma das vítimas, Antônio Carlos Rodrigues, de 30 anos, segue internado no Hospital de Base (veja vídeo acima). Antônio quebrou as duas pernas, fraturou o braço e vai precisar passar por uma segunda cirurgia. Os outros quatro homens tiveram alta.

"A gente acredita que a justiça vai ser feita, porque uma coisa dessas não é pra sair impune não. Foi grave o acidente, a gente ia saindo do trabalho, isso pode causar uma dor emocional. Tanto físico como emocional, porque não é fácil não a gente vir pra trabalhar e acontecer uma coisa dessas por causa dos outros", diz Erlano Giovanni, que também foi atropelado.

Como foi o atropelamento

Simulação recria momento do acidente. Vídeo: TV Globo

Quatro das cinco vítimas foram ouvidas no fim da manhã desta segunda (8), na 3° Delegacia do Cruzeiro. Os depoimentos duraram duas horas e meia.

Eles contaram que por volta das 22h30 de sexta-feira (5), seis garçons – com idades entre 22 e 50 anos – saíram do trabalho na churrascaria e caminhavam pela margem da Epia Sul. Quatro empurravam as bicicletas, um estava pedalando e outro estava a pé.

Foram atropelados

Erlano Giovanni

Hebert Geovane

Henrique Ribeiro

Adriano de Jesus

Antônio Carlos Rodrigues (que continua hospitalizado)

Fagner da Silva Pinto também estava com o grupo, mas não se machucou

O grupo disse que foi surpreendido pelo carro dirigido por Allan, que subiu no canteiro e só parou quando bateu na grade que cerca o estacionamento de uma loja. Conforme o delegado Victor Dan, novas testemunhas vão ser chamadas para prestar esclarecimentos.

"Há novos relatos quanto às circunstâncias, a dinâmica de todos os fatos, onde nós podemos agora localizar imagens, câmeras que flagraram o momento do acidente. Logo mais vamos oficializar os órgãos competentes para ter acesso a essas imagens", diz o delgado.

As vítimas contaram também que o motorista, Allan das Chagas Araújo, não estava sozinho no veículo no momento do acidente.

"Tinha uma moça, com roupa até vermelha que ela saiu do carro. Foi isso que eu vi. No momento ela não prestou nenhuma ajuda", conta Henrique Ribeiro Alves, outro trabalhador atropelado.

Histórico de outros crimes

Allan das Chagas Araújo tentou fugir do local, mas foi contido pelos policiais.

Allan das Chagas Araújo possui uma extensa ficha criminal:

2012: atropelou e matou um homem que estava no acostamento da BR-020 consertando um caminhão.

2014: condenado a dois anos em regime aberto e teve da carteira de motorista suspensa.

2019: parado em uma blitz pilotando uma moto, embriagado. Ele foi preso, pagou uma fiança de mil reais e foi solto.

2021: condenado por tráfico de drogas com pena de 7 anos e 7 meses.

Em nota, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seape/DF) informou que Allan era lotado no Centro de Progressão Penitenciária (CPP), trabalhava como classificado na Gerência de Obras (GEOR) da Secretaria de Administração Penitenciária pela Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (FUNAP/DF) e cumpria o regime semiaberto.

A secretaria diz que Allan fazia jus ao benefício concedido pela justiça de cumprir jornada de trabalho na manutenção de obras públicas no período da manhã e, no período noturno, faculdade de nutrição em uma instituição particular na Asa Norte, na modalidade semipresencial. Allan deveria se recolher ao CPP ao final da aula.

O atestado de matrícula da faculdade de Allan mostra que o horário de aula era de segunda a sexta, de 19h a 22h.

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