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Com 31,5Âș, SP tem o segundo dia mais quente de maio da história, diz Inmet

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Por Redação em 02/05/2024 às 21:19:09
Maio tem ainda chances de bater mais recordes de máximas; meteorologista do ClimaTempo explica que as altas temperaturas são causadas pela junção do bloqueio atmosférico - que não permite a troca de ar quente com o ar frio -, a chamada "condição pré-frontal" e o El Niño. Calor deve ir até segunda quinzena do mês Público se refresca em chafariz no Vale do Anhangabaú, no Centro de SP

RENATO S. CERQUEIRA/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

A cidade de São Paulo registrou máxima de 31,5ÂșC, nesta quinta-feira (2), e teve o segundo dia mais quente da história em um mês de maio. A temperatura quase chegou aos 31,7ÂșC, a maior desde 1943 - quando começaram as medições meteorológicas regulares no Mirante de Santana, na Zona Norte.

A previsão para o dia era de máxima de 33ÂșC e, por isso, já havia a expectativa que o recorde seria superado, o que deve ocorrer nos próximos dias devido a forte massa de ar quente e seco presente na cidade.

Na quarta-feira (1Âș), a cidade já tinha igualado a terceira maior temperatura para o mês de maio, com 31,3ÂșC.

As maiores temperaturas do mês de maio, segundo o Inmet:

31,7ÂșC - 03/05/2001

31,5ÂșC - 01/05/2024

31,3ÂșC - 07/05/2010

31,3ÂșC - 01/05/2024

30,7ÂșC - 02/05/2001

30,1ÂșC - 01/05/2003

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O g1 ouviu Cesar Soares, especialista da ClimaTempo, que explicou o que tem causado essas altas temperaturas no outono. Segundo ele, a condição é o resultado de três fatores:

Bloqueio Atmosférico

Frente Fria no Sul

El Niño

Soares comenta a relação entre eles.

"Primeiro estamos sob influência de um forte bloqueio atmosférico - que é uma forte massa de ar seco e quente que fica por dias nas áreas centrais do país e não permite a troca com o ar frio vindo do polo sul", afirma.

"Além disso, temos uma frente fria no Sul do país, que reforça o calor no Sudeste pelo que a gente chama de condição pré-frontal. Devido a presença da frente, os ventos nas áreas centrais do país passam a transportar mais ar quente vindo do interior, por isso a temperatura sobe ainda mais", complementa.

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O El Niño - fenômeno caracterizado pelo aquecimento maior ou igual a 0,5°C das águas do Oceano Pacífico - ainda interfere na situação, segundo Soares, mesmo que esteja fraco nessa época do ano.

O especialista explica, ainda, que o calorão fora de época deve durar até o final da primeira quinzena de maio na capital.

Quanto a recordes mensais, só será possível saber, de fato, quando junho chegar. Mas Soares é categórico: "Podemos dizer, sim, que este mês de maio tem potencial para ser um dos mais quentes no país", afirma.

Ainda de acordo com dados do Inmet, abril foi o mês mais quente desde 2016 no Brasil.

*Sob supervisão de Cíntia Acayaba
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